sexta-feira, 30 de outubro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

INTERTEXTUALIDADE 08/10/2009

INTERTEXTUALIDADE UNIDADE 4 08/10/09

Iniciamos este encontro com uma definição de intertextualidade e trabalhamos com os exemplos desta com os textos de Gonçalves Dias e Murilo Mendes. Definimos a intertextualidade sendo um "diálogo" entre textos. Esse diálogo pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica na identificação e no reconhecimento de remissões a obras ou a trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos/ contextos em que ela é inserida. Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento de mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,não se restringindo única e exclusivamente a textos literários, mas também em anúncios propagandas e outros.

Há exemplo da intertextualização,na publicidade, em um dos anúncios do Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa de Leonardo da Vinci e cujo slogan era " Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima". Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e mais perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci). Nesse caso pode-se dizer que a intertextualidade assume a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, escultura, literatura etc).

Comentários ,comparações sempre retornamos à sala de aula, pensando na turma como ela produz os textos e/ou produzirá(...)

Nesta oficina os professores produziram textos a partir de fábulas apresentadas.( A LEBRE E A TARTARUGA, A CIGARRA E A FORMIGA ,A RAPOSA E CEGONHA,O LEÃO E O RATO, O RATO DO CAMPO E DA CIDADE, A ASSEMBLÉIA DOS RATINHOS E O CORVO E A RAPOSA de Esopo e Félix Maria Samaniego ).
Foi um momento muito bom, pois, é através da produção escrita que as idéias fluem,
Podendo criar muitas metodologias diferenciadas.

Também ,nota-se que há correspondência entre os dois textos. A paródia-piadista de Murilo Mendes é um exemplo de intertextualidade, uma vez que seu texto foi criado tomando como ponto de partida o texto de Gonçalves Dias. Na literatura, e até mesmo nas artes, a intertextualidade é persistente. Sabemos que todo texto, seja ele literário ou não, é oriundo de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos é exemplo de intertextualização.

A Intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos. Observe os dois textos abaixo e note como Murilo Mendes (século XX) faz referência ao texto de Gonçalves Dias (século XIX):

Canção do Exílio
"Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar — sozinho, à noite — Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá." Gonçalves Dias

Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações.gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosasmas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Murilo Mendes

TRABALHOS DOS ALUNOS / LEITURA E ESCRITA
























































TEXTO COMO CENTRO DE EXPERIÊNCIAS NO ENSAIO DA LÍNGUA.

UNIDADE 3 TP 1 01/10/09



Nesta unidade trabalhamos com leitura, lendo e respondendo.

Comentamos , comparamos e isso sempre nos leva para sala de aula e o ambiente familiar.
Um dos pontos mais discutidos foi a pobreza que encontramos nos textos produzidos pelos alunos , pois os mesmos não são incentivados à leitura , a cultura familiar é muito carente nessa questão...
Mas, com o programa Gestar estamos conseguindo fazer com que os alunos busquem mais pela leitura . Estatísticas são feitas, e por estas percebemos o quanto se evoluiu nesse aspecto, o entusiasmo pela leitura está sendo fascinante.

Também , nesse encontro iniciamos o trabalho com o AAA1 página 67.

VARIANTES LÍNGUISTICAS 2

UNIDADE 2 - VARIANTES LINGUÍSTICAS – DESFAZENDO EQUÍVOCOS. 24/09/09

Nesse encontro, iniciamos com textos produzidos pelos cursistas Línguas, Vidas em Português, os quais relataram sobre o filme , fazendo comparações na sala de aula e também sobre a diferenciação de ambientes, pessoas, momentos em que usamos a norma culta , coloquial , conseguimos compreender a oralidade e a escrita (...).
Professora Camila
Dentre os entrevistados está José Saramago o qual diz : “ quanto mais palavras conhecemos mais podemos expressar o que pensamos e sentimos.”
Porém , Saramago diz que estamos aos poucos voltando às cavernas , pois com tanta tecnologia acabamos por usar menos palavras a cada dia .
È possível notar também que , como conhecedores da língua , somos capazes de falar a língua padrão independentemente de qual classe social pertencemos.

Professora Marina comenta sobre a fala de alguns alunos


Aluno - Prossora ce pode fazê um favor, é qui nóis fumo pesquisá lá e o Rodrigo disse que num ta pegando a interneti” . ..
Professora - fala sério cara a interneti num ta pegando num ta pegando o quê ?

Professora Camila
Podemos entender por dialeto as variações de pronúncia, vocabulário e gramática pertencentes a uma determinada língua. Os dialetos não ocorrem somente em regiões diferentes, pois numa determinada região existe também as variações dialetais etárias, sociais.

Exemplo de oralidade e escrita (compreensão) :
Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê.”Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990.

Dessa forma, teremos mesmo que traduzir esse português.

Como exemplo de variação regional, encontramos certas palavras possuindo significados que necessitam de “tradução”, Existem dialetos que evidenciam o nível social ao qual pertence um indivíduo. Os dialetos mais prestigiados são das classes mais elevadas e o da elite é tomado não mais como dialeto e sim como a própria “língua”.